quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pena de Morte



Há três anos, no dia 5 de Novembro de 2006, Saddam Hussein foi condenado à morte por enforcamento. Dessa forma, o ex-ditador iraquiano viria a morrer no dia 30 de Dezembro do mesmo ano, num episódio que foi exibido com escárnio e sem pudor a todo o mundo, em horário nobre. Os que o condenaram e todos aqueles que desejavam tal desfecho puderam, assim, comemorar com ainda mais alegria e alívio a entrada no ano de 2007, que teve lugar logo no dia a seguir. Esta decisão alusiva a Saddam levanta a questão da validade, legitimidade e moralidade da pena de morte. Um ser humano não tem o direito de tirar a vida ao seu semelhante e deve ser castigado judicialmente por esse seu acto. Porém, quem é o indivíduo com poder judicial que tem o direito para condenar alguém à morte? Não será também isso um crime?

Se a existência do Homem na Terra tivesse seguido o seu curso natural biológica e comportamentalmente, tal como aconteceu com os outros animais, não seria preciso haver Justiça e conflito moral na questão da pena de morte. Esta nossa racionalidade...

1 comentário:

Antonio Amaral disse...

Brilhante!